O Terceiro Pilar do Islã: Caridade Compulsória

Classificação:
Tamanho da fonte:
A- A A+

Descrição: Uma introdução ao terceiro pilar do Islã, a caridade compulsória ou zakat, as dimensões espirituais do zakat e caridade, e como o Islã vê o dinheiro em geral.

  • Por IslamReligion.com
  • Publicado em 09 Feb 2009
  • Última modificação em 10 Jun 2018
  • Impresso: 807
  • 'Visualizado: 43,447 (média diária: 8)
  • Classificação: nenhum ainda
  • Classificado por: 0
  • Enviado por email: 0
  • Comentado em: 1
Pobre Melhor

The_Third_Pillar_of_Islam_001.jpgA caridade não é apenas recomendada pelo Islã, mas é requerida de todo muçulmano financeiramente estável.  Dar caridade àqueles que a merecem é parte do caráter do muçulmano e um dos Cinco Pilares da prática islâmica.  O Zakat é visto como “caridade compulsória”; é uma obrigação daqueles que receberam sua riqueza de Deus responder aos membros necessitados da comunidade.   Desprovidas de sentimentos de amor universal, algumas pessoas só sabem acumular fortuna e aumentá-la emprestando com juros.  Os ensinamentos do Islã são a verdadeira antítese dessa atitude.  O Islã encoraja o compartilhamento da riqueza com outros e ajuda as pessoas a se estabelecerem e serem membros produtivos da sociedade.

Em árabe é conhecido como zakat, que literalmente significa “purificação”, porque se considera que o zakat purifica o coração da ganância.  O amor pela riqueza é natural e é preciso uma crença firme em Deus para uma pessoa se desfazer de parte de sua riqueza.  O Zakat deve ser pago sobre categorias diferentes de propriedade – ouro, prata, dinheiro; gado, produção agrícola; e mercadorias – é pagável a cada ano após um ano de posse (dos bens).  Requer uma contribuição anual de 2,5% dos bens e fortuna do indivíduo.

Como a oração, que é tanto uma responsabilidade individual quanto comunitária, o zakat expressa a adoração e agradecimento do muçulmano a Deus, ao ajudar os necessitados.  No Islã, o verdadeiro proprietário das coisas não é o homem, mas Deus.  A aquisição de riquezas como um fim, ou para aumentar o valor de um homem, é condenada.   A mera aquisição de riqueza não conta nada aos olhos de Deus.  Não dá ao homem qualquer mérito nessa vida ou na vida futura.  O Islã ensina que as pessoas devem adquirir riqueza com a intenção de gastá-la em suas próprias necessidades e nas necessidades de outros. 

“‘O homem’, disse o Profeta, ‘diz: Minha riqueza!  Minha riqueza!’  Vocês não têm mais riqueza, exceto a que dão como caridade e, assim, preserva, gasta e destroça, come e consome?”

Todo o conceito de riqueza é considerado como um presente de Deus no Islã.  Deus, que a provê para a pessoa, destinou uma porção dela para o pobre, e assim o pobre tem direito sobre essa riqueza.  O Zakat relembra os muçulmanos que tudo que eles têm pertence a Deus.  As pessoas recebem suas fortunas como uma custódia de Deus, e o zakat tem a finalidade de livrar os muçulmanos do amor pelo dinheiro.  O dinheiro pago no zakat não é algo que Deus precise ou receba.  Ele está acima de qualquer tipo de dependência.  Deus, em Sua misericórdia infinita, promete recompensas pela ajuda aos necessitados com a condição básica de que o zakat seja pago em nome de Deus; ninguém deve esperar ou exigir ganhos mundanos dos beneficiários nem ter como objetivo fazer nome como filantropo.  Os sentimentos de um beneficiário não devem ser feridos fazendo-o se sentir inferior ou relembrando-o da ajuda.

O dinheiro dado como zakat só pode ser usado em certas coisas específicas.  A Lei Islâmica estipula que a caridade seja usada para ajudar os pobres, órfãos e viúvas, para libertar escravos e devedores, e outros necessitados, como mencionado especificamente no Alcorão (9:60). O Zakat, que se desenvolveu há quatorze séculos, funciona como uma forma de seguridade social na sociedade muçulmana.

As escrituras judaica e cristã não louvam a libertação de escravos equiparando-a a adoração.  De fato, o Islã é único nas religiões mundiais ao exigir dos crentes que ajudem financeiramente os escravos a obterem sua liberdade e elevou a libertação de um escravo a um ato de adoração – se é feito para agradar a Deus.

Sob os califados, a coleta e dispêndio do zakat era uma função do estado.  No mundo islâmico contemporâneo, isso foi deixado por conta do indivíduo, exceto em alguns países nos quais o estado cumpre esse papel até certo ponto.  A maioria dos muçulmanos no Ocidente dispersa o zakat através de entidades de caridade islâmicas, mesquitas, ou dando diretamente aos pobres.  O dinheiro não é coletado durante serviços religiosos ou via pratos de coleta, mas algumas mesquitas mantêm uma caixa de coleta para aqueles que desejam que elas distribuam o zakat em seu nome.  Ao contrário do zakat, fazer outras formas de caridade em particular, até mesmo em segredo, é considerado melhor, de modo a manter a intenção puramente por Deus.

Além do zakat, o Alcorão e Hadith (ditos e atos do Profeta Muhammad, que Deus exalte a sua menção) também enfatizam a sadaqah, ou caridade voluntária, para os necessitados.  O Alcorão enfatiza alimentar o faminto, vestir o despido, ajudar o necessitado, e que quanto mais alguém ajuda, mais Deus ajuda a essa pessoa, e que quanto mais se dá, mais Deus dá à pessoa.   A pessoa sente que está cuidando dos outros e que Deus está cuidando dela.

Pobre Melhor

Partes deste Artigo

Visualizar todas as partes juntas
Comentários de Usuário Visualizar comentários

Adicione um comentário

  • (Não é mostrado ao público)

  • Seu comentário será analisado e publicado dentro de 24 horas.

    Campos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios.

Outros Artigos na Mesma Categoria

Mais visualizados

Diariamente
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Total
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Favorito del editor

(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Listar conteúdo

Desde sua última visita
Esta lista no momento está vazia.
Todos por data
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Mais populares

Melhores classificados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais enviados por email
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais impressos
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
Mais comentados
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)
(Leia mais...)

Seus Favoritos

Sua lista de favoritos está vazia. Você pode adicionar artigos a esta lista usando as ferramentas do artigo.

Sua História

Sua história está vazia.