Jesus é Deus ou foi enviado por Deus? (parte 2 de 2)

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Descrição: A segunda parte de um artigo de duas partes discutindo o papel verdadeiro de Jesus.  Parte 2: Discute a mensagem de Jesus, a crença dos cristãos primitivos e a visão do Islã sobre Jesus. 

  • Por onereason.org
  • Publicado em 18 Jul 2016
  • Última modificação em 18 Jul 2016
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4.      A mensagem de Jesus

Os profetas do Velho Testamento, como Abraão, Noé e Jonas nunca pregaram que Deus é parte de uma Trindade e não acreditavam em Jesus como salvador.  A mensagem deles era simples: só há um Deus e somente Ele merece sua adoração.  Não faz sentido Deus ter enviado profetas por milhares de anos com a mesma mensagem essencial e, então, de repente dizer que está em uma Trindade e que você deve acreditar em Jesus para ser salvo.

A verdade é que Jesus pregou a mesma mensagem que os profetas do Velho Testamento.  Existe uma passagem do Alcorão que realmente enfatiza sua mensagem central.  Um homem foi até Jesus e perguntou: "Qual é o primeiro de todos os mandamentos?". Jesus respondeu: "O primeiro de todos os mandamentos é, Ouça, Ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor." [Marcos 12:28-29].  Assim, o maior mandamento, a crença mais importante de acordo com Jesus é que Deus é Único.  Se Jesus fosse Deus, ele teria dito: "Sou Deus, me adorem", mas não o fez.  Ele meramente repetiu um versículo do Velho Testamento confirmando que Deus é Único.

Algumas pessoas alegam que Jesus veio para morrer pelos pecados do mundo.  Mas considere a afirmação a seguir de Jesus: E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem tu enviaste.  Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. [João 17:3-4] Jesus disso isso antes de ser pego e levado para ser crucificado.  Está claro a partir desse versículo que Jesus não veio para morrer pelos pecados do mundo, já que concluiu o trabalho que Deus lhe deu antes de ser levado para ser crucificado.

Jesus também disse: "salvação vem dos judeus." [João 4:22].  Então, de acordo com isso não precisamos acreditar na Trindade ou que Jesus morreu por nossos pecados para obter salvação, uma vez que os judeus não têm essas crenças.

5.      Os cristãos primitivos

Historicamente havia muitas seitas no Cristianismo primitivo que tinham uma gama de crenças em relação a Jesus[1].  Algumas acreditavam que Jesus era Deus, outras que Jesus não era Deus, mas era parcialmente divino e outras ainda acreditavam que era um ser humano e nada mais.  O Cristianismo trinitário, que é a crença de que Deus, Jesus e o Espírito Santo são um em três pessoas se tornou a seita dominante do Cristianismo quando foi formalizada como a religião de estado do Império Romano, no século 4.  Os cristãos que negavam que Jesus era Deus eram perseguidos pelas autoridades romanas[2].  Desse ponto em diante a crença trinitária se tornou difundida entre os cristãos.  Havia vários movimentos no Cristianismo primitivo que negavam a Trindade e os mais conhecidos entre eles eram o Adocionismo e o Arianismo.

O dr. Jerald Dirks, um especialista em Cristianismo primitivo, disse o seguinte a respeito do assunto: O Cristianismo primitivo estava em conflito sobre a questão da natureza de Jesus.  As várias posições adocionistas dentro do Cristianismo primitivo eram numerosas e às vezes dominavam.  Pode-se até especular que o Cristianismo ariano e nestoriano poderiam ser uma fonte muito grande dentro do Cristianismo hoje, se não fosse pelo fato de que esses dois ramos do Cristianismo, localizados principalmente no Oriente Médio e norte da África serem tão semelhantes ao ensinamento islâmico em relação à natureza de Jesus que, muito naturalmente, foram absorvidos no Islã no início do século 7."[3]

Como havia muitas seitas no Cristianismo primitivo, cada uma com crenças diferentes sobre Jesus e com suas próprias versões da Bíblia, qual delas podemos dizer que estava seguindo os verdadeiros ensinamentos de Jesus?

Não faz sentido Deus enviar incontáveis profetas como Noé, Abraão e Moisés para dizer as pessoas para acreditarem em um Deus e, de repente, enviar uma mensagem radicalmente diferente da Trindade, que contradiz os ensinamentos anteriores de Seus profetas.  Está claro que a seita do Cristianismo que acreditava que Jesus era um profeta humano e nada mais estava seguindo os ensinamentos verdadeiros de Jesus.  Isso porque o conceito deles de Deus era o mesmo do ensinado pelos profetas no Velho Testamento.

Jesus no Islã

A crença islâmica sobre Jesus desmistifica para nós quem foi o verdadeiro Jesus.  Jesus no Islã era um indivíduo extraordinário, escolhido por Deus como um profeta e enviado para o povo judeu.  Nunca pregou que ele próprio era Deus ou o filho real de Deus.  Nasceu milagrosamente sem um pai e realizou muitos milagres surpreendentes, como curar o cego e os leprosos e ressuscitar os mortos - tudo pela permissão de Deus.  Os muçulmanos acreditam que Jesus retornará antes do Dia do Juízo para trazer justiça e paz para o mundo.  Essa crença islâmica sobre Jesus é semelhante à crença de alguns dos cristãos primitivos.  No Alcorão Deus aborda os cristãos em relação a Jesus da seguinte forma:

Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião. [4:171]

O Islã não é apenas outra religião.  É a mesma mensagem pregada por Moisés, Jesus e Abraão.  Islã literalmente significa "submissão a Deus" e nos ensina a ter uma relação direta com Deus.  Lembra-nos que uma vez que Deus nos criou, ninguém mais deve ser adorado, exceto Deus.  Também nos ensina que Deus não é como um ser humano ou qualquer coisa que possamos imaginar.  O conceito de Deus é resumido no Alcorão:

"Ele é Deus, o Único. Deus, o Absoluto.  E nada é semelhante a Ele." (Alcorão 112:1-4)[4]

Tornar-se muçulmano não é dar as costas para Jesus.  É voltar aos ensinamentos originais de Jesus e obedecê-lo. 



Notas de rodapé:

[1] John Evans, History of All Christian Sects and Denominations, ISBN: 0559228791

[2] C.N. Kolitsas, The Life and Times of Constantine the Great, ISBN: 1419660411

[3] Excerto de ‘Islamic Trajectories in Early Christianity’ do dr. Jerald Dirks

[4]Deus não é homem ou mulher, a palavra "Ele" quando usada para Deus não se refere a gênero.

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