Stephanie, ex-católica, África do Sul (parte 5 de 6)

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Descrição: O jihad e a alegria dela.

  • Por Stephanie
  • Publicado em 30 Mar 2015
  • Última modificação em 25 Mar 2015
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Pobre Melhor

Fui para casa chorando de alegria.  Telefonei para a irmã da senhora com a qual tinha falado (nervosa, quando achei que minha mãe não poderia ouvir!) e combinei com ela. Ela disse que me daria retorno na semana seguinte.  Era uma sexta-feira e no dia seguinte me senti confiante o suficiente para fazer a shahada se tivesse a oportunidade.  Como sabia que não podia voltar atrás, orei para ter forças no período que estava por vir...

Foi muito difícil, porque quando fui para a igreja aquele domingo me senti muito culpada e assustada de estar fazendo algo errado - e com quase todos que conheço sendo cristãos e tendo concepções erradas sobre o Islã, não tenho apoio algum.  Fora eles pensarem erradamente que o Deus dos muçulmanos é diferente do Deus do Cristianismo, alguém em minha família também pensava (que horror!) que os muçulmanos oram e adoram Muhammad (que Deus o exalte)! Não era de admirar que tivesse medo de contar a eles, mas felizmente Deus me fortaleceu logo depois. 

Depois daquele dia abençoado quando decidi confiar em Deus, estava tensa e ansiosa ao mesmo tempo, porque sabia que era um grande passo e temia o que meus pais pensariam.  Para dizer a verdade, também estava muito impaciente para tomar o grande passo, depois que decidi que queria.  Por que esperar? O que aconteceria se morresse antes de ter a chance de me reverter? Então telefonei para o homem na loja e perguntei se poderia tê-lo e a outra pessoa como minhas testemunhas para fazer a shahada.  Depois de dois adiamentos - enviados por Deus para me ensinar paciência! - encontrei a ele, a esposa e o filho rapaz em um carro no shopping center local à noite, três dias depois.  A razão para esse ponto de encontro engraçado foi para que eu pudesse chegar lá sem meus pais (já que não dirijo).  Sentei no carro, eles me explicaram algumas coisas e me emprestaram alguns livros, antes que eu pronunciasse a shahada (o testemunho de fé). A princípio não falava nada! Até hoje, quando penso onde me tornei muçulmana, acho graça em pensar que foi em um estacionamento! Que metáfora para minha jornada - finalmente encontrei um lugar para estacionar! Foi em 22 de fevereiro de 2011, 18 de Rabi-ul-Awwal de 1432.  Que dia glorioso!!!

Jihad e alegria

Quando cheguei em casa, ainda não tinha caído em mim.  Os testes começaram quando voltei para casa - quase tive problemas com meus pais porque demorei muito e o sol já tinha se posto.  Pedi muitas desculpas e tentei encobrir meus temores.  Mas precisava contar a eles logo - gradualmente.  E assim o fiz - naquela mesma noite.

Falei primeiro com minha mãe.  Mas não contei a ela de pronto que já era muçulmana. Só disse que estava no processo de aprender sobre o Islã e que não tinha contado a ela porque temia o que ela poderia pensar.  Ela agiu exatamente como quando me tornei católica - não aprovou, mas disse que eu já tinha idade suficiente para decidir por mim mesma - apenas que eu devia "ter cuidado".  A princípio, ela disse: "Não, não, não, Stephanie, não, não…." Mas mais tarde, depois que eu disse algumas coisas sobre o Islã para tentar ajudá-la com suas concepções erradas, que continuaria a mesma e a amá-la como filha, ela se acalmou.  Ela pode ver que eu era séria a respeito.  Senti tanto por ela. Era muita coisa para assimilar de uma vez e meu coração doeu por ela.  Meu pai também ficou irritado: "Você pode se vestir como eles, mas adotar uma religião inteiramente diferente...!" Foi difícil, porque sempre o vi como uma pessoa de mente aberta. 

Fui para a mesquita pela primeira vez, seis dias depois de minha reversão, e fui recebida calorosamente pela minha família do Islã por meio do imame.  Orar com os outros pela primeira vez em união, sendo liderada pelo imame, foi uma experiência incrível. Tanto que estava nervosa no início!

Lutei no início com dúvidas sobre meu julgamento em me reverter ao Islã.  Uma semana depois de minha reversão quando comecei a aprender na madrassa, comecei a me sentir sobrecarregada com todas essas coisas novas para aprender e essa nova mudança em minha vida e os antigos sentimentos de depressão (que me atacaram em cada grande mudança em minha vida) voltaram.  Como conseguiria ser muçulmana? O Islã era tão diferente do meu histórico! E como tentar explicar aos meus pais que não posso mais comer presunto, bacon ou porco? Por que tenho que lavar os utensílios antes de usá-los? Ou por que nosso cão é "impuro" e não pode entrar mais no meu quarto? Um novo senso de isolamento ameaçou se instalar.  Preocupei-me com minha vida espiritual.  Como podia me conectar com Deus se ainda não compreendia as orações em árabe?  O Deus "muçulmano" parecia ser muito distante e sem forma comparado com o Deus "cristão" pessoal, familiar e retratado em imagens, embora fosse o mesmo Deus.  Costumava estar cercada de crucifixos e imagens de Jesus, Maria e santos católicos, com os quais conversava - e agora meu quarto tinha paredes vazias.  Era assustador.

Mais testes com meus entes queridos vieram - recebi uma ligação de minha ex-madrinha.  Recebi e-mails de uma velha conhecida de um grupo católico da internet ao qual costumava pertencer e de meu ex-padre, que disse que havia um certificado esperando por mim na igreja, porque fui treinada como sacristã! A madre superiora do convento em que tinha estado também me enviou um e-mail para minha mãe, dizendo que orava para que eu não perdesse minha fé católica! Quando disse à minha conhecida que tinha me revertido, ela tentou me reproselitizar dizendo que Jesus (que Deus o exalte) estava ferido na cruz e agora eu o tinha ferido mais.  Não estava surpresa com essas atribuições de culpa, já que tinha acontecido com duas outras pessoas também.  Mas ainda assim faziam com que me sentisse realmente negativa! Levei dois dias para criar coragem de enviar um e-mail para o padre, mas ele apreciou a coragem apesar de dizer que era duro para ele, como católico devoto, entender por que me reverti.  Felizmente nos despedimos de forma amigável.  Minha irmã também descobriu através de minha mãe que eu tinha me tornado muçulmana e ficou estupefata, mas pareceu aceitar quando enviei um e-mail explicando.  (Tinha ficado óbvio que minha mãe já sabia que eu tinha deixado a igreja católica, o que me deixou aliviada. Posso agora admitir que sou muçulmana na frente dela!) Foi difícil para minha irmã também, mas ainda temos uma boa relação, alhamdulillah.  Foi decisão minha ao me reverter não falar sobre religião com minha família, mas apenas ser uma filha/irmã/tia para eles.  Esse é definitivamente o mesmo conselho que dou a outros revertidos: seja você mesmo!

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