A Jornada para a Outra Vida (parte 5 de 8): O Descrente no Túmulo

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Descrição: Uma descrição da vida no túmulo, entre a morte e o Dia do Juízo, para os descrentes.

  • Por IslamReligion.com (co-author Abdurrahman Mahdi)
  • Publicado em 09 Mar 2009
  • Última modificação em 22 Jun 2010
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The_Journey_into_the_Hereafter_(part_5_of_8)_001.jpgQuando a morte se aproxima de um descrente perverso, ele sente o calor do Inferno.  Essa mostra do que está por vir faz com que ele peça uma segunda chance na terra, para fazer o bem que ele sabia que deveria ter feito.  Qual!  O seu pedido será em vão.

“(Quanto a eles, seguirão sendo idólatras) até que, quando a morte surpreender algum deles, este dirá:  ‘Ó Senhor meu,   mande-me de volta (à terra) a fim de eu praticar o bem que negligenciei!’  Pois sim!  Tal será a frase que dirá!   E ante eles haverá uma barreira, que os deterá até ao dia em que forem ressuscitados.” (Alcorão 23:99-100)

A ira e a punição divinas são transmitidas à alma perversa por dois anjos negros terrivelmente feios que se sentam distante dela:

“Receba as boas novas da água fervente, supuração de feridas e tormentos múltiplos e semelhantes.” (Ibn Majah, Ibn Katheer)

A alma descrente não ansiará por encontrar seu Senhor Deus, como o Profeta explicou:

“Quando o momento da morte de um descrente se aproxima, ele recebe as más notícias do tormento de Deus e de Sua Retribuição, e depois disso nada é mais odioso para ele do que o que está por vir.  Conseqüentemente, ele odeia o encontro com Deus e Deus também, odeia encontrá-lo.” (Saheeh Al-Bukhari)

O Profeta também disse:

“Quem quer que ame encontrar Deus, Deus ama encontrá-lo, e quem quer que odeie encontrar Deus, Deus odeia encontrá-lo.” (Saheeh Al-Bukhari)

O Anjo da Morte se senta na cabeceira do descrente em seu túmulo e diz: “Alma perversa, saia para o desagrado de Allah” enquanto ele arrebata a alma para fora do corpo.

“Ah, se pudesses ver os iníquos na agonia da morte quando os anjos, com mãos estendidas, lhes disserem:‘Entregai-nos vossas almas!  Hoje, ser-vos-á infligido do castigo afrontoso, por haverdes dito inverdades acerca de Deus e por vos haverdes ensoberbecido perante os Seus versículos.’” (Alcorão 6:93)

“Ah, se pudésseis ver a ocasião em que os anjos receberão os descrentes, esbofeteando-os, açoitando-os e dizendo-lhes: ‘Provai o suplício do fogo infernal!’” (Alcorão 8:50)

A alma maléfica deixa o corpo com grande dificuldade, arrastada pelos anjos.[1]  O Anjo da Morte então agarra a alma e a coloca em um saco tecido com fios de cabelo que exala um odor pútrido, tão repugnante e ofensivo quanto o cheiro do cadáver em decomposição mais repugnante encontrado na terra.  Os anjos então passam a alma para outro grupo de anjos que perguntam: “Quem é essa alma perversa?”  ao que eles respondem: “Fulano, o filho de fulano e fulano” - usando os piores nomes com os quais ele era chamado durante seu tempo na terra.  Então, quando ele é trazido para a região mais baixa do céu, um pedido é feito para que o portão seja aberto para ele, mas o pedido é negado. Enquanto o Profeta descrevia esses eventos, quando chegou nesse ponto, ele recitou:

“...jamais lhes serão abertas as portas do céu, nem entrarão no Paraíso, até que um camelo passe pelo buraco de uma agulha.” (Alcorão 7:40)

Deus dirá: “Registre seu livro em Sijjin na região mais baixa da terra.”

... e sua alma é lançada.  Nesse ponto, o Profeta, que Deus o exalte, recitou:

“...porque aquele que atribuir parceiros a Deus, será como se houvesse sido arrojado do céu, como se o tivessem apanhado das aves, ou como se o vento o lançasse a um lugar longínquo.” (Alcorão 22:31)

A alma perversa é então restaurada ao seu corpo e dois temíveis e aterradores anjos, Munkar e Nakir, vêm para interrogá-la.  Após fazerem com que ela se sente, eles perguntam:

Munkar e Nakir: “Quem é o seu Senhor?”

Alma descrente: “Ai de mim, eu não sei.”

Munkar e Nakir: “Qual é a sua religião?”

Alma descrente:  “Ai de mim, eu não sei.”

Munkar e Nakir: “O que você diz sobre o que esse homem (Muhammad) enviou a você?”

Alma descrente: “Ai de mim, eu não sei.”

Ao falhar em seu teste, a cabeça do descrente é atingida com um martelo de ferro com uma força tão violenta que desintegraria uma montanha.  O choro será ouvido dos céus: “Ele mentiu, então espalhem os tapetes do Inferno para ele, e abram para ele o portão do Inferno.”[2]  O piso de seu túmulo é então aceso com um pouco do fogo ardente do Inferno, e seu túmulo é feito estreito e apertado a ponto de suas costelas ficarem entrelaçadas, enquanto seu corpo é esmagado.[3]  Então, um ser incrivelmente feio, usando vestimentas horrorosas e exalando um odor repugnante e ofensivo vem para a alma descrente e diz: “Angustie-se com o que lhe desagrada, porque esse é o dia que lhe foi prometido.”  O descrente perguntará: “Quem é você, com um rosto tão feio e trazendo o mal?”  O feio responderá: “Eu sou seus atos perversos!”  O descrente então provará um amargo remorso enquanto lhe é mostrada qual seria sua morada no Paraíso – se ele tivesse vivido uma vida virtuosa – antes de um portal ser aberto para ele toda manhã e toda noite mostrando sua verdadeira morada no Inferno.[4]  Allah menciona em Seu Livro como o povo perverso do Faraó está, nesse exato momento, sofrendo dessa exposição do Inferno dentro de seus túmulos:

“É o fogo infernal, ao qual serão apresentados, de manhã e à tarde; e no dia em que chegar a Hora, (Deus dirá): ‘Fazei entrar o povo do Faraó, para o mais severo dos castigos.’” (Alcorão 40:46)

Tomado pelo medo e repugnância, ansiedade e desespero, o descrente em seu túmulo continuará a pedir: “Meu Senhor, não traga a última hora.  “Não traga a última hora.”

O Companheiro Zaid b. Thabit narrou como o cavalo do Profeta empinou e quase o derrubou quando o Profeta Muhammad e seus Companheiros passaram por alguns túmulos dos politeístas.  O Profeta, que Deus o exalte, disse:

“Essas pessoas estão sendo torturadas em seus túmulos, e se não fosse pelo fato de que isso poderia fazê-los parar de enterrar seus mortos, eu pediria a Deus que lhes permitisse ouvir a punição no túmulo que eu (e esse cavalo) podemos ouvir.”  (Saheeh Muslim)



Footnotes:

[1] Al-Hakim, Abu Dawood, e outros.

[2] Musnad Ahmad.

[3] Musnad Ahmad.

[4] Ibn Hibban.

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