A Beleza e Eloquência do Alcorão (parte 1 de 2)

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Descrição: Em uma época em que a eloquência era perfeitamente competitiva, foi revelado o Alcorão de explicação milagrosa.

  • Por Munir Munshey
  • Publicado em 11 Feb 2013
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The_Beauty_and_Eloquence_of_the_Quran_(part_1_of_2)_por-BR_001.jpgAs primeiras audiências do Alcorão eram habitantes do deserto da Arábia, orgulhosos das habilidades de seu idioma.  Seus bens materiais eram exíguos, mas seu idioma era muito mais avançado que sua cultura.  Ganhavam a vida através do comércio e empreendiam muitas viagens para comprar e vender produtos.   Suas longas viagens pelo deserto lhes dava tempo para meditarem sobre a natureza e a ordem da natureza das coisas.  Eram muito meticulosos em suas escolhas de palavras e muito específicos em seus discursos.  Adoravam a oratória e dicção e a comunicação eficiente.  Eram muito habilidosos na articulação de pensamentos mais delicados e muito refinados na expressão de ideias.  As palavras eram suas mercadorias e a eloquência sua obsessão e ponto forte.  Comunicar pensamentos mais delicados na forma mais sofisticada era suas obsessões.  Compor poesia e prosa era suas paixões.  Competiam entre si na habilidade de serem fluentes e eloquentes.  Produziam literatura elegante de alta qualidade, mesmo se os temas escolhidos fossem os mais insignificantes e profanos.  Desperdiçavam suas habilidades embelezando as histórias de seus encontros, explorações e aventuras amorosas, relatos exagerados de seu valor na guerra e as virtudes de seu vinho e suas mulheres.  Sua literatura escrita era escassa, mas tinham uma memória prolífica e memorizavam milhares de citações, anedotas e poemas.  Sua literatura era passada adiante para as gerações seguintes através de tradições orais.  Tinham tanto orgulho de sua dicção e eloquência que se declaravam os mestres da linguagem e que os outros tinham sido privados da faculdade da palavra.  Comparadas à deles, as outras línguas eram meramente as comunicações cruas de homens mudos e inarticulados.   Referiam-se aos não árabes como “Ajums”, aqueles que sofrem de impedimentos da fala.

Quando os árabes ouviram o Alcorão pela primeira vez, ficaram assombrados com sua eloquência e ouviram com admiração.  Nunca tinham ouvido antes na vida um sermão tão impactante e majestoso.  Seus instintos os convenceram de que um discurso tão impressionante e nobre só podia ser divino, não uma criação humana.  Era muito mais sublime e solene que toda a sua literatura junta.  O Alcorão proclamou que não era uma composição feita pelo homem e desafiou sua audiência a apresentar qualquer composição que se equiparasse ao seu estilo e elegância.  Declarou que os humanos não conseguiriam produzir uma única composição que se equiparasse ao seu calibre, mesmo que se unissem e coordenassem seus esforços.  Lançou o desafio:

“E se estais em dúvida acerca do que fizemos descer sobre Nosso servo, fazei vir uma surata igual à dele, e convocai vossas testemunhas, ao invés de Deus, se sois verídicos”. (Alcorão 2:23)

Os compositores especialistas da Arábia ouviram o desafio, mas não puderam apresentar uma resposta.   Comparados ao Alcorão seus esforços literários pareciam desajeitados e infantis.  Sentiam como se fossem novatos inexperientes.  Os poetas prolíficos e eminentes pareciam imaturos. Os oradores entusiásticos viram-se sem palavras.  Foram humilhados pelas palavras do Alcorão.  Os mestres da língua árabe não conseguiram encontrar nenhuma falha ou lapso na linguagem do Alcorão.  Reconheceram a derrota e expressaram sua incapacidade de equipará-lo.  Muitos ficaram tão hipnotizados por sua mensagem que abraçaram o Islã na hora.  A evidência interna do Alcorão é suficiente para dissipar dúvidas.  Quando é lido, fica claro que nenhum homem poderia tê-lo escrito.

O homem é o tema do Alcorão.  Narra a história do homem como um todo e descreve todos os estágios da jornada do homem para seu último destino - nascimento, vida, morte, ressurreição e o julgamento de seus atos e, dependendo do julgamento, paraíso ou inferno.  Nesse mundo temporal e físico, a observação e experiência do homem são restritas ao seu nascimento, os testes e tribulações de sua vida e morte.  Seus cinco sentidos não o capacitam a perceber uma existência além dos confins do mundo físico.   Os olhos não veem a  luz emanando do outro mundo e os ouvidos não detectam os sons do outro lado.   As mãos não podem sentir, o nariz não pode cheirar e a língua não pode sentir o gosto do que não é desse mundo.  A mente, portanto, não consegue perceber a presença do mundo mais além. 

O grande além reside depois das fronteiras da morte.  A ressurreição, o julgamento dos atos e paraíso e inferno são eventos programados para ocorrer lá.  De forma fluente e comovente e com uma aura de confiança, o Alcorão descreve esses eventos em detalhes.  Narra com o conhecimento da certeza.  Discute os eventos do outro mundo com a mesma facilidade e eloquência que os eventos desse mundo.  Desde que foi revelado seu discurso e eloquência não foram superados, não somente em árabe, mas também em todos os idiomas do mundo.   O desafio continua de pé.  O homem nunca será capaz de equiparar sua qualidade literária.  

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A Beleza e Eloquência do Alcorão (parte 2 de 2)

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Descrição: Em uma época em que a eloquência era perfeitamente competitiva, foi revelado o Alcorão de explicação milagrosa.  Parte 2.

  • Por Munir Munshey
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The_Beauty_and_Eloquence_of_the_Quran_(part_2_of_2)_por-BR_001.jpgA poesia deve sua atração e brilho a mentiras e ficção.  O poeta deixa sua imaginação solta, que vagueia desenfreada para além do reino da realidade.  Quanto mais ele se deixa levar por sua imaginação, mais belo é seu poema.  Quanto mais ele voa para o território da fantasia, mais fantasiosa e fabulosa é sua ficção.  A verdade é a primeira vítima de sua excursão para o território da fantasia.  As frases são seus brinquedos e a ficção é seu lugar de brincadeiras.  As palavras são suas ferramentas e sua oficina o salão de beleza, onde o que é simples torna-se sensual e sensacional e os fatos simples são vestidos para parecerem bonitos e apresentáveis.  Palavras belas e apropriadas são sua profissão e seu objetivo é provocar a imaginação de sua audiência.  Planeja mergulhar seus ouvintes em uma arena de ilusão, o mundo irreal e etéreo. 

O exagero é a especialidade do poeta, seu chamado especial.  Até um simples sorriso é um voo de fantasia para um poeta.  Estica a verdade até o limite, até que se torne uma mentira.  Com um pouco de embelezamento transforma um evento brando em um conto tentador.  Se a verdade não lhe agrada, segue adiante para diluir o efeito do fato.  Se o fato não se adequa à sua fantasia e o mistura com uma dose de mito, tirando o fato de foco.  Com palavras, pode tricotar um escudo para desviar o fato.  Assim, ele trivializa a verdade.  Torcerá e distorcerá as palavras e atacará a verdade até que produza o significado que deseja.  Cobre a verdade com camadas de interpretações até que a verdade torne-se uma estranha.  Com o uso hábil de palavras, pode batizar uma ficção e também ficcionalizar um fato.   Circula mentiras ao envolvê-las com camadas de fatos conhecidos e irrefutáveis.  Empresta credibilidade e respeito a suposições infundadas ao cercá-las de fatos respeitados.  A falsidade, assim, é fortalecida.  O texto poético é a prioridade de um poeta e seu talento consiste de frases fantasiosas, não de verdade.  A poesia agrada a estética e o intelecto, mas não é verdade.  Sobre os poetas, o Alcorão diz:

" E os poetas que seguem os insensatos. Não tens reparado em como se confundem quanto a todos os vales? E em que dizem o que não fazem?” (Alcorão 26: 224-226)

" E não instruímos (o Mensageiro) na poesia, porque não é própria dele.  O que lhe revelamos não é senão uma Mensagem e um Alcorão lúcido.” (Alcorão 36:69)

Que este (Alcorão) é a palavra do Mensageiro honorável.  E não a palavra de um poeta. - Quão pouco credes-  Nem tampouco é a palavra de um adivinho. Quão pouco meditais! (Esta) é uma revelação do Senhor do Universo.  (Alcorão 69: 40-43)

A diferença entre ele e o trabalho dos poetas, escritores e filósofos não é apenas de grau ou qualidade, mas também de caráter e classe.  Não se rebaixou ao modelo terreno de distorção e desonestidade.  Ao contrário, engrandeceu e higienizou os padrões de literatura e a introduziu em um novo patamar.  Impôs um requisito mais difícil para o padrão literário e exigiu honestidade e precisão absolutas.  Recusou-se a unir-se à ficção e à arte de ficcionalização de fatos e desdenhou o exagero.  Não ganhou fazendo uso das formas e meios dos outros trabalhos literários. 

Os gigantes literários conhecem as normas de gramática e dicção.  Ainda assim, não podem atender à regra estabelecida pelo Alcorão.  Estão em desvantagem porque sua competência não tem valia sem falsidade e ficção.  Se o exagero fosse removido de seus trabalhos, não sobraria muito.  Não conseguem imaginar a poesia sem um grau de mentiras e embelezamentos.  Assim, o Alcorão tirou as restrições dos fatos e liberou a verdade das garras de seus captores - os poetas, escritores e filósofos do passado, presente e futuro.  Expôs suas espertezas.  Quando se trata de assuntos que pertencem a esse mundo, conhecem os fatos, mas nem sempre escolhem ser honestos e precisos.  Entretanto, quando se trata de assuntos do além túmulo, são de fato charlatães que se apoiam em suposições e conjecturas.

Sua maioria não faz mais do que conjecturar,  e a conjectura jamais prevalecerá sobre a verdade;   Deus bem sabe tudo quanto fazem!  (Alcorão 10: 36)

"Se obedeceres à maioria dos seres da terra, eles desviar-te-ão da senda de Deus,  porque não professam mais do que a conjectura e não fazem mais do que inventar mentiras.ˮ (Alcorão 6: 116)

O Alcorão desafiou as normas aceitas de literatura e alcançou a eloquência e eminência sem recorrer a qualquer tipo de exagero.  Por causa disso, cada clássico literário criado em qualquer período da história e em qualquer idioma do mundo, recairia em uma classe inferior àquela do Alcorão.  Tem um caráter único que é todo seu.  Apresenta os fatos de forma clara e meticulosamente adere à narração precisa.  Mesmo quando cita uma parábola, a comparação nunca é enganosa e não distorce a verdade.  As palavras e frases que usa trazem a verdade inalterada.  Jura dizer nada além da verdade.  A precisão é sua prioridade e todo o seu texto pode ser aceito literalmente.  O tratado científico deve igualmente exato.  Sua adesão à precisão quando se trata de assuntos que pertencem a esse mundo, infunde fé e confiança nos crentes.  São convencidos de que os eventos programados para ocorrer além da morte também são retratados com a mesma exatidão e precisão e sem exageros.  A razão pela qual o Alcorão permaneceu incomparável em substância e estilo é tratar-se da absoluta verdade.  Diz a seu próprio respeito:

“Tais são os versículos de Deus que realmente te ditamos,  porque és um dos mensageiros.” (Alcorão 2:252)

Ele te revelou (ó Muhammad) o Livro (paulatinamente) com a verdade corroborante dos anteriores,   assim como havia revelado a Tora e Evangelho.  (Alcorão 3:3)

"Alif, Lam, Meem, Ra.  Estes são os versículos do Livro. O que te foi revelado por teu Senhor é a pura verdade; porém, a maioria dos humanos não crê nisso.ˮ (Alcorão 13:1)

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