Iman Yusuf, Ex-Católica, EUA (parte 1 de 4)

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Descrição: Como Deus lhe mostrou o caminho quando ansiava encontrar a direção que levava a Ele.

  • Por Iman Yusuf
  • Publicado em 22 Jul 2013
  • Última modificação em 22 Jul 2013
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Pobre Melhor

A conversão ao Islã por qualquer ser humano é sempre causa de admiração e a maior misericórdia que Allah pode conceder aqueles que Ele ama.  Em meu caso, foi muito mais.  Foi verdadeiramente um milagre, alhamdulillah (todos os louvores são para Deus).

Antes de sequer conhecer a palavra Islã ou o que exatamente era um "muçulmano", Allah me guiou através de minha fitrah (natureza inata dada por Deus) para deduzir - com meu coração e mente - exatamente como Ele queria que eu vivesse.  É uma história surpreendente e todos os louvores são para Aquele que me guiou.

Começando no verão de 1981, essa dádiva do Islã me foi concedida lentamente em um período de um ano, durante o ponto mais baixo e desafiador de minha vida.

Nasci e cresci nos EUA, mas meus bisavós eram da Alemanha e Áustria.

Era uma católica romana devota - devota em praticar plenamente e acreditar de todo o coração em minha fé.  Meu casamento estava fracassando, principalmente devido ao fato de meu marido não só não ser católico, mas ser um ateu.

Embora isso me incomodasse, não foi motivo para problemas sérios em meu casamento até após o nascimento de minha filha em 1979.  A partir daquele ponto, tornou-se uma fonte constante de frustração e dor. 

Embora ele tivesse concordado que ela fosse batizada, não estava disposto a vê-la ser educada em qualquer religião.  Nenhuma discussão o fazia ceder, nem relembrá-lo de que quando se casou comigo assinou um documento na igreja prometendo que os filhos nascidos desse casamento seriam educados como católicos.

Ele simplesmente recusava a ideia de que ela crescesse acreditando em qualquer deidade ou fé e, de fato, começou a ironizar não somente minhas crenças, mas a Deus também.

Agendei uma reunião com um padre que conhecia há muitos anos, na esperança de que ele pudesse me orientar nesse assunto.  Ele me ofereceu pouco conforto.  Senti que não levou o assunto tão a sério quanto eu.

Parecia mais preocupado em salvar meu casamento do que com a questão da fé de minha filha.  Não conseguiu entender a dor que sentia toda vez que ouvia meu marido amaldiçoar ou debochar de Deus.

Nem compreendeu o quanto seria devastador para minha filha, que receberia uma mensagem terrivelmente misturada durante seu crescimento.  Temia que chegasse o dia em que meu marido fosse nos impedir de ir à igreja.

De alguma maneira nossa conversa tomou outra direção e começamos a discutir os princípios do Catolicismo.  Embora não lembre dela agora, fiz uma pergunta sobre a trindade.

Recebi a resposta padrão... três Deuses em uma pessoa divina.  Quando pressionei para aprofundarmos o assunto, o padre ficou muito agitado e me informou que se eu precisava fazer perguntas desse tipo, era porque não tinha fé alguma.

Embora possa entender sua reação agora - era devido ao fato de não ter explicação melhor para esse "mistério" do que eu, na época fiquei chocada e magoada.

Senti como se tivesse sido literalmente expulsa da igreja.  Com uma pergunta inocente e o desejo de me aproximar de Deus, tinha sido considerada uma pessoa sem qualquer fé.

Saí rapidamente e pensei muito sobre os comentários do padre.  Simplesmente me recusei a aceitar sua opinião a meu respeito.  Sabia que era uma pessoa de grande fé e confiança em Deus e nenhum humano me convenceria do contrário.

Mas a partir daquele momento não me considerei mais uma católica.  Havia muita turbulência na igreja na época e as pessoas estavam deixando em massa a religião.  Embora nunca tivesse imaginado ser uma delas, de repente, passei a ser.

Sem olhar para trás, fui em busca da verdade.  Tentei por um breve tempo apenas ler e estudar a Bíblia - um livro do qual surpreendentemente tinha pouco conhecimento.  Os católicos focam mais no catecismo da igreja do que na leitura da Bíblia.

Achei a Bíblia difícil de entender, desconexa e com pouca orientação sobre como devia viver minha vida cotidiana.  Para mim parecia mais um livro de histórias.

Na esperança de estar errada, contatei uma igreja cristã local e perguntei se poderia participar das aulas de religião.  Minha primeira exposição a eles foi também a última.  Eram evangélicos e focavam muito em "falar em línguas" e receber a "dádiva" do Espírito Santo.

Era demais para mim.  Precisava de uma religião que pudesse manter constantemente em meu coração, não algo que tivesse que evocar com espíritos e línguas mortas.

Depois disso me voltei para o estudo do Judaísmo, que sempre me disseram ser a primeira e "verdadeira" religião do homem.  Logo me vi excluída desse clube também, porque não nasci de uma mãe judia.

Embora a conversão fosse possível, geralmente não era aceita pelos judeus, especialmente os ortodoxos.  Além disso, a crença dos judeus como povo escolhido de Deus me incomodava seriamente.

Não podia imaginar um Deus que fez Sua religião disponível apenas para aqueles que nasceram nela e que então, independente de seus atos - bons ou maus, seriam as únicas pessoas admitidas no paraíso com base em um direito de nascimento.  Não parecia justo e estava certa de que Deus era justo.

E assim começou um turbilhão de estudos de toda religião que pudesse encontrar.  Hinduísmo, Budismo, Tao, Confúcio, Hare Krishna... Estudei todas e as rejeitei cada vez mais rapidamente.  Analisei tudo, exceto o Islã.  Nem sabia que ele existia.

E entendo a razão pela qual Allah me permitiu investigar as outras crenças primeiro.  Para que quando finalmente encontrasse o Islã, estivesse 100% certa de que era a única religião verdadeira.

Nesse ponto estava muito deprimida.  Estava no meio dos procedimentos para o divórcio e de volta para casa, cuidando de meu avô doente.  Minha querida avó, minha melhor amiga em todo o mundo e verdadeiramente a única "mãe" que conheci, havia morrido de forma inesperada no inverno anterior e minha mãe não estava interessada em minha busca por iluminação.  Sentia-me muito só.

Estava tentando conciliar o retorno à universidade em tempo integral, uma filha ativa, um avô doente, trabalho doméstico e, o pior de tudo, minha distância de Deus.  Não tinha mais crenças, apenas o conhecimento de que havia um Deus.  Era uma folha em branco.

Com toda noção prévia de Deus eliminada, exceto pela certeza de que Ele existia e com base apenas nisso, orei a Ele continuamente e sempre implorei por Sua orientação.

Depois de um período agonizante de alguns meses, tentei pensar logicamente em minha jornada para encontrá-Lo.  Se havia um Deus, raciocinei, certamente Ele tinha Seu próprio jeito único no qual queria que nós O conhecêssemos.

Uma maneira na qual pudéssemos verdadeiramente adorá-Lo e nos conectarmos com Ele, fazendo Dele uma parte constante de nossas vidas diárias, não apenas algo para se ocupar uma vez por semana e colocar de lado pelo restante da semana.

Mas acima de tudo, em minha mente disse a mim mesma, Um Deus, Um Caminho.  Todas essas religiões reivindicando Deus e, ainda assim, tantos caminhos divergentes.  Não, não podia aceitar que havia qualquer caminho para Deus, mas sim um caminho.  Precisava apenas encontrar esse caminho.

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