Brandon Toropov, ex-cristão, EUA (parte 2 de 2)

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Descrição: A busca pessoal de um homem para estudar os versos mais autênticos da Bíblia, os documentos Q, o leva ao Islã.  Parte dois: Uma comparação com o Alcorão.

  • Por Brandon Toropov
  • Publicado em 07 Oct 2013
  • Última modificação em 07 Oct 2013
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Foco nos ditos do Evangelho

Em particular, estava interessado na pesquisa sendo feita que indicava que o estrato mais antigo dos evangelhos refletia uma fonte extremamente oral conhecida como Q, e que cada um dos ditos individuais de Jesus, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, precisavam ser avaliados sobre seus próprios méritos e não como parte da narrativa material que os cercavam.

Isso porque aquela narrativa material foi adicionada muitos anos depois.

Relato de uma testemunha ocular?

De fato, quanto mais pesquisava sobre esse assunto, mais me encontrava pensando naquela conversa sobre o evangelho de João que tive com meu padre.  Percebi que o que ele não quis ou foi incapaz de me dizer foi que o(s) autor(es) do evangelho de João estava mentindo.  Claramente não era relato de uma testemunha ocular, embora alegasse ser.

Era uma situação estranha.  Certamente gostava da companhia dos cristão em minha igreja, todas as pessoas comprometidas e orantes.  Ser parte de uma comunidade religiosa era importante para mim.  Ainda assim tinha profundas dúvidas intelectuais sobre a suposta historicidade das narrativas do Evangelho.  E o mais importante, estava cada vez mais obtendo mensagens diferentes dos ditos de Jesus no Evangelho do que as recebidas pelos meus companheiros cristãos.

Lutando com a doutrina da Trindade

Quanto mais olhava esses ditos, mais impossível ficava para mim reconciliar a noção da Trindade com o que parecia mais autêntico para mim nos evangelhos.  Vi-me face a face com muitas perguntas difíceis.

Onde nos evangelhos Jesus disse a palavra “Trindade”?

Se Jesus era Deus, como a doutrina da Trindade afirma, por que ele adorava Deus?

E - se Jesus era Deus, por que ele diria algo como o que se segue?

“ Por que me chamas bom?  Ninguém há bom senão um, que é Deus.” (Marcos 10:18)

De alguma forma esqueceu que ele próprio era Deus quando disse isso?

(Um parênteses - tive uma discussão com uma mulher que me assegurou que essa passagem não estava de fato nos evangelhos e que se recusava a acreditar que dei a ela o capítulo e o número do verso e ela própria procurou!)

O Alcorão Sagrado

Em novembro de 2002 comecei a ler uma tradução do Alcorão.

Nunca tinha lido uma tradução para o inglês do texto inteiro do Alcorão.  Tinha lido apenas resumos do Alcorão escritos por não muçulmanos (e resumos muito enganadores).

As palavras não descrevem adequadamente o efeito extraordinário que esse livro teve sobre mim.  É suficiente dizer que o mesmo magnetismo que tinha me atraído para os evangelhos com a idade de onze anos estava presente de uma forma nova e profundamente imperativa.  Esse livro estava me contando, assim como podia dizer que Jesus estava me contando, sobre assuntos de preocupação fundamental.

Orientação autoritativa

O Alcorão estava oferecendo orientação autoritativa e respostas convincentes às perguntas que vinha fazendo há anos sobre os evangelhos.

“ É inadmissível que um homem a quem Deus concedeu o Livro, a sabedoria e a profecia, diga aos humanos:‘Sede meus servos, em vez de o serdes de Deus!’  Outrossim, o que diz, é: ‘Sede servos do Senhor, uma vez que sois aqueles que estudam e ensinam o Livro.’  Tampouco é admissível que ele vos ordene tomar os anjos e os profetas por senhores.  Poderia ele induzir-vos à incredulidade, depois de vos terdes tornado muçulmanos?” (Alcorão 3:79-80)

O Alcorão me atraiu para sua mensagem porque confirmava de forma muito poderosa os ditos de Jesus que em meu coração sentia que tinham que ser autênticos.  Algo tinha sido mudado nos evangelhos e aquele algo, sabia em meu coração, tinha sido deixado intacto no texto do Alcorão.

Paralelos surpreendentes

Abaixo, você encontrará alguns exemplos dos paralelos que fizeram meu coração inclinado à adoração a Deus.  Cada verso do evangelho vem do texto reconstruído conhecido como Q - um texto que os estudiosos de hoje acreditam representar o estrato sobrevivente mais antigo dos ensinamentos do Messias.  Note como esse material é próximo da mensagem corânica.

Q concorda com o Alcorão sobre o Tawhid (monoteísmo)

Em Q Jesus endossa, de forma inequívoca, um monoteísmo rigoroso.

“Para trás de mim, Satanás! Porque está escrito: Tu adorarás o Senhor teu Deus, e somente a ele servirás.” (Lucas 4:8)

Compare:

“Porventura não vos prescrevi, ó filhos de Adão, que não adorásseis Satanás,  porque é vosso inimigo declarado?  E que Me agradecêsseis, porque esta é a senda reta?” (Alcorão 36:60-61)

Q concorda com o Alcorão sobre Aqaba (o caminho árduo)

Q identifica um Caminho Certo que com frequência é difícil, um caminho que descrentes escolherão não seguir.

“Entrem pela porta estreita,  pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela.  Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram.” (Mateus 7:13-14)

Compare:

“Foi abrilhantada a vida terrena aos descrentes e, por isso, zombam dos crentes; porém, os tementes prevalecerão sobre eles no Dia da Ressurreição...” (Alcorão 2:212)

“E o que te fará entender o que é vencer as vicissitudes?  É libertar um cativo, ou alimentar, num dia de privação, um parente órfão ou uma pessoa necessitada. É, ademais, contar-se entre os crentes, que recomendam mutuamente a perseverança e se encomendam à misericórdia.” (Alcorão 90:12-17)

Q concorda com o Alcorão sobre o Taqwa (temor a Deus)

Q nos alerta para temer somente o julgamento de Deus.

“Eu lhes digo, meus amigos: Não tenham medo dos que matam o corpo e depois nada mais podem fazer.  Mas eu lhes mostrarei a quem vocês devem temer:  temam aquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar no inferno.  Sim, eu lhes digo, esse vocês devem temer.” (Lucas 12:4-5)

Compare:

“A Ele pertence tudo que está nos céus e na terra.  Somente a Ele devemos obediência permanente.  Temeríeis, acaso, alguém além de Deus?” (Alcorão 16:52)

Q concorda com o Alcorão sobre as armadilhas da dunia (vida terrena)

Em Q Jesus adverte claramente a humanidade que as vantagens e prazeres terrenos não devem ser o objetivo de nossas vidas:

“Mas ai de vós, ricos!  porque já tendes a vossa consolação.  Ai de vós, os que estais fartos,  porque tereis fome.  Ai de vós, os que agora rides,  porque vos lamentareis e chorareis.” (Lucas 6:24)

Compare:

“A cobiça vos entreterá, até que desçais aos sepulcros.  Qual! Logo o sabereis!  Novamente, qual! Logo o sabereis! Qual! Se soubésseis da ciência certa!  Verdadeiramente, então, havíeis de ver a fogueira do inferno! Logo a vereis claramente.  Então, sereis interrogados, nesse dia, a respeito dos prazeres (mundanos).” (Alcorão 102:1-8)

Q adverte a humanidade a não considerar garantida a entrada no paraíso!

Considere também as palavras arrepiantes do Messias, que deveriam (!) fazer todo coração humilde, bloquear todas as formas de arrogância em assuntos espirituais e acalmar todos os ataques contra um monoteísta:

“Também vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se-ão ã mesa de Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus;  mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores;  ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mateus 8:11-12)

Obviamente, esse é um ensinamento importante para todas as pessoas de boa vontade terem em mente ... e gravar na memória.

Q não fala nada sobre crucificação ou sacrifício!

Você viu como os versos historicamente mais antigos - os versos Q - têm paralelos com os principais ensinamentos do Alcorão.  Também vale mencionar o fato de que Q não ensina nada sobre a crucificação, a natureza sacrifical da missão de Jesus ... uma omissão muito intrigante!

Ficamos então com um evangelho primitivo surpreendente - um evangelho que estudiosos (não muçulmanos) acreditam ser historicamente mais próximo de Jesus - um evangelho que tem as características a seguir:

Concordância com a mensagem inflexível do Alcorão sobre a unicidade de Deus.

Concordância com a mensagem do Alcorão sobre uma vida futura de salvação ou inferno ... baseada em nossas ações terrenas.

Concordância com o alerta do Alcorão para não sermos enganados pela dunia - as atrações e prazeres da vida terrena.

E...

Uma AUSÊNCIA completa de qualquer referência à morte de Cristo na cruz, ressurreição ou sacrifício pela humanidade!

Esse é o evangelho que os estudiosos não muçulmanos mais avançados de hoje identificaram para nós ... e esse evangelho está apontando para nós, se o ouvirmos, precisamente na mesma direção do Alcorão!

Meus queridos irmãos e irmãs cristãos - imploro a vocês que perguntem a si mesmos em oração, para buscar a orientação de Deus Todo-Poderoso sobre essa questão: isso pode ser uma coincidência?

Compartilhe a Palavra!

Tornei-me muçulmano em 20 de março de 2003.  Ficou óbvio para mim que tinha que compartilhar essa mensagem com o máximo de cristãos atentos que pudesse.

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