Literacia no Islã (parte 2 de 3): Busca de conhecimento

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Descrição: A primeira palavra revelada do Alcorão começou um legado de literacia e educação para todos.

  • Por Aisha Stacey (© 2013 IslamReligion.com)
  • Publicado em 03 Jun 2013
  • Última modificação em 03 Jun 2013
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Literacy_in_Islam_(part_2_of_3)_PT-BR_001.jpgO Islã é uma religião que se preocupa com a literacia.  Quando o Alcorão foi revelado, a primeira palavra foi iqra - ler, aprender, compreender.  Em uma caverna, fora de Meca, o anjo Gabriel pressionou o profeta Muhammad e exigiu que lesse.  Incapaz de ler ou escrever, o profeta, que Deus o louve, respondeu: “Não posso ler!”

“Lê, em nome do teu Senhor Que criou; Criou o homem de algo que se agarra.  Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo, Que ensinou através do cálamo, Ensinou ao homem o que este não sabia.” (Alcorão 96:1-5)

O profeta Muhammad nunca aprendeu a ler ou escrever, mas compreendeu a importância da literacia.  Embora a maioria dos árabes na época fossem iletrados, possuíam um amor poderoso e eloquente pelas palavras.  Os árabes eram mestres da palavra falada - poesia, narração de histórias e memorização de genealogias.  Encorajar a literacia era uma progressão natural.  

Os muçulmanos acreditam que as palavras do Alcorão são as palavras literais de Deus e preservá-las sempre foi um preocupação principal.  Desde os primeiros dias do Islã os companheiros do profeta começaram a registrar por escrito as palavras do Alcorão.  Escreviam em cascas de árvore, peles de animais e até pedras.    Isso levou a uma nova era de literacia.

Muitos dos primeiros muçulmanos eram pobres, sem posição ou prestígio na sociedade de Meca, ou eram escravos.  O Islã ofereceu a eles uma chance de igualdade e respeito.  O profeta Muhammad sabiamente compreendeu que essa nova nação teria uma chance melhor de sobreviver e florescer se seus seguidores fossem letrados e bem educados.

Depois da batalha de Badr, a primeira batalha contra os opressores de Meca, o exército muçulmano fez setenta prisioneiros.  O profeta Muhammad sabia que a maioria dos prisioneiros era letrada e ofereceu a liberdade aqueles que ensinassem a dez muçulmanos a ler e escrever. 

Os novos muçulmanos começaram a compreender a importância de implementar a orientação do Alcorão em suas vidas.  Na época, como agora, a literacia permitiu aos crentes olhar para o mundo ao seu redor e contemplar as maravilhas da criação e a magnificência do Criador.  Os crentes leem o Alcorão para ficarem mais próximos de Deus.  Buscam conhecimento para fortalecer sua fé.  Implementam aquele conhecimento para adorar Deus, com verdadeira submissão e certeza. 

“Quanto àqueles que receberam a ciência, saibam que ele (o Alcorão) é a verdade do teu Senhor; que creiam nele e que seus corações se humilhem ante ele, porque Deus guia os fiéis até à senda reta.”(Alcorão 22:54)

Em suas tradições que foram meticulosamente registrada por eruditos muçulmanos, o profeta Muhammad, que Deus o louve, encorajou seus seguidores a buscar conhecimento[1].  Disse que se alguém seguisse um caminho em busca de conhecimento, Deus facilitaria seu caminho para o Paraíso.[2]  Também disse que conhecimento era um dos três bons atos que continuavam mesmo após a morte.[3] 

Os seres humanos têm mentes e intelecto.  Também temos o poder de raciocinar e o livre arbítrio para aceitar ou rejeitar conhecimento.  Deus criou os seres humanos com ferramentas para adquirir conhecimento.  Ensinou ao pai da humanidade, Adão, os nomes de tudo.  Adão recebeu ensinamento em habilidades linguísticas e como aplicar o conhecimento, fazer planos e decisões e alcançar objetivos. Nós, os filhos de Adão, herdamos essas habilidades para que possamos existir no mundo e adorar Deus da melhor maneira.

“Ele ensinou a Adão todos os nomes.”  (Alcorão 2:31)

“… proporcionou-vos os ouvidos, as vistas e os corações, para que Lhe agradecêsseis.”  (Alcorão 16:78)

A busca de conhecimento é importante no Islã.  O profeta Muhammad encorajou seus seguidores a participar de suas sessões de conhecimento e enviou professores do Alcorão para as tribos afastadas e cidades distantes.  Sentava com seus seguidores, lhes ensinava os princípios do Islã e ouvia atentamente, geralmente com lágrimas rolando em sua face, às suas recitações do Alcorão.  O profeta Muhammad disse que o melhor de seus seguidores eram os que aprendiam o Alcorão e o ensinavam aos outros.[4] 

Os primeiros muçulmanos estabeleceram escolas para o ensino e aprendizado do Alcorão e ciências islâmicas.  O Islã era praticado em segredo por medo de perseguição, mas uma casa segura na qual o conhecimento islâmico era disseminado foi estabelecida na casa de um homem chamado Arqam.  Mesmo agora no século 21, em todo o mundo islâmico, alunos frequentam escolas chamadas Darul Arqam (A casa de Arqam) em memória e reconhecimento da primeira escola islâmica.

O Islã têm alta consideração pelo conhecimento, a educação, a literacia e as buscas intelectuais.  Ao longo da história islâmica existem incontáveis exemplos do estabelecimento de escolas, universidades e bibliotecas.  Os muçulmanos estabeleceram teorias de educação, escreveram currículos, exerceram a literatura e a arte, e levaram o conceito de busca do conhecimento a novas dimensões.  Na parte três veremos as teorias de educação e o estabelecimento de escolas e centros de aprendizado.



Footnotes:

[1] Ao longo do artigo, conhecimento  refere-se ao conhecimento benéfico. Conhecimento que permite conhecer e compreender Deus e as maravilhas da criação.

[2] Saheeh Al-Bukhari.

[3] Saheeh Muslim.

[4] Saheeh Muslim.

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