Os pergaminhos do mar Morto em dez passos fáceis

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Descrição: Dez pontos fáceis de entender sobre os pergaminhos do mar Morto desde sua história antiga ao seu impacto na política mundial.

  • Por Laurence B. Brown, MD
  • Publicado em 08 May 2017
  • Última modificação em 31 Mar 2019
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1)    DeadSeaScrolls.jpgKhirbet Qumran, que significa "ruína de" Qumran, fica em um platô no topo de uma borda irregular de penhascos de calcário ao lado do mar Morto.  A maioria desses penhascos contém cavernas que, dada a localização, só são acessíveis com dificuldade.  Para o oeste fica o deserto da Judeia e ao norte está uma montanha que abriga as cavernas de Qumran de número 1, 2, 3 e 11.

2)    O Khirbet Qumran foi ocupado até 68 EC pelos judeus essênios, uma das escolas principais da filosofia judaica na época.  O complexo foi destruído em 68 EC.  Cinzas dos telhados‑ de bambu e flechas romanas encontradas no local sugerem uma batalha.  O simples fato de que ninguém retornou para recuperar os pergaminhos sugere um massacre.  O momento se encaixa, porque a rebelião judaica contra o império romano os coloca em guerra de 66 a 73 EC.

3)    Corta para a história recente.  Em 1947 um pastor de ovelhas beduíno descobriu sete pergaminhos no que é agora conhecido como caverna 1.  Depois disso, a corrida começou.  Os arqueólogos tentaram excavar as cavernas cientificamente, enquanto os beduínos as pilhavam pelo que quer que pudessem vender.  Em 1952 um dominicano francês chamado Roland de Vaux localizou a caverna 4.  Aquela caverna continha mais de 15.000 fragmentos de mais de 800 manuscritos.  Um ano depois foi organizada uma equipe internacional de oito estudiosos, com De Vaux como diretor do projeto.  Trinta anos depois, em 1966, a equipe de De Vaux foi publicamente acusada de obstruir a liberação dos pergaminhos porque o conteúdo é contrário ao Cristianismo trinitário.

4)    Depois da guerra dos Seis Dias em 1967, Israel expandiu sua fronteira até o rio Jordão.  O complexo de Qumran ficava naquele território e se tornou propriedade de Israel.  E o mesmo aconteceu com os pergaminhos.  Em 1972, um estudioso espanhol chamado José O’Callaghan afirmou que os fragmentos de papiros da caverna 7 representavam alguns dos livros do Novo Testamento.  Outros estudiosos discordaram e afirmaram que os fragmentos da caverna 7 eram pequenos demais para saber o que representavam.  Mas a afirmação de O’Callaghan empolgou muitas imaginações.  Aqui está por que: Os essênios ocuparam o complexo de Qumran por mais de trinta anos depois do ministério de Jesus e o complexo ficava a menos de um dia de caminhada de Jerusalém.  Ainda assim, nenhum dos pergaminhos de Qumran (ou seja, os pergaminhos do mar Morto) era material do Novo Testamento.  Representam todos os livros do Velho Testamento, exceto Ester, mas até o momento, nada foi encontrado que seja provavelmente o Novo Testamento.

5)    Então as perguntas surgiram.  Os essênios guardaram os pergaminhos do Novo Testamento em um local separado? Se sim, por que? Eram, afinal de contas, judeus ortodoxos.  A menos, claro, que alguns deles fossem cristãos camuflados.

6)    Em 1984 um dos estudiosos dos pergaminhos sugeriu que o "Professor de Virtude" descrito nos pergaminhos do mar Morto era Jesus ou Tiago e seu oponente, o "Homem da mentira", também conhecido como "o Sacerdote ímpio" era... tambores, por favor...  Paulo! Isso implica que os pergaminhos do mar Morto validam Jesus como profeta e expõem Paulo como um corruptor de seus ensinamentos.

7)    O primeiro conceito ameaça o Judaísmo, e o segundo, o Cristianismo trinitário.  Por que? Por que um evangelho judaico que confirma a missão profética de Jesus ameaçaria o Judaísmo e, portanto, a identidade nacional de Israel.  Da mesma forma, um evangelho que expõe Paulo como um corruptor dos ensinamentos de Jesus abalaria o Cristianismo trinitário: as igrejas católica, ortodoxa e protestante.  De novo, por que? Porque, contrário ao que muitos acreditam, Paulo não era "o segundo em comando" de Jesus. De fato, nunca nem se encontraram e, ainda assim, depois de ele ter partido, Paulo afirmou falar em nome de Jesus e as pessoas no poder aceitaram e canonizaram o que ele disse.  Mas isso não torna verdadeiro.  Cada princípio do Cristianismo trinitário é baseado nos ensinamentos de Paulo, apesar de Jesus nunca ter dito ser Deus, parceiro de Deus ou mesmo filho de Deus.  Em lugar nenhum, Jesus ensinou as doutrinas da trindade, crucificação, ressurreição e expiação.  Todos os princípios vieram de Paulo ou dos teólogos paulinos que seguiram em sintonia com ele.  Os ensinamentos de Paulo, de fato, contradiz os ensinamentos de Jesus, da mesma forma que o Novo Testamento nos informa do conflito de Paulo com Tiago, Pedro e Barnabé.

8)    Por exemplo, o rabino Jesus ensinou a lei do Velho Testamento.  Paulo a negou.  Jesus chamou a si mesmo de filho do homem. Oitenta e oito vezes.  Os teólogos paulinos o chamaram de "filho de Deus". Jesus ensinou a unicidade de Deus a orar somente a Ele.  Paulo sugeriu a trindade e elevou Jesus ao nível de intercessor.  Jesus disse "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel." Paulo o proclamou um profeta universal.  E a lista continua.

9)    Daí a empolgação em relação aos pergaminhos do mar Morto.  Esses pergaminhos descrevem um Sacerdote Ímpio que se opõe ao Professor de Virtude.  Muitos estudiosos acreditam que esse "Sacerdote Ímpio" era Paulo e o "Professor de Virtude" era Jesus Cristo ou seu irmão e discípulo Tiago.  De fato, alguns estudiosos acreditam que os pergaminhos do mar Morto documentam a excomunhão de Paulo da igreja cristã primitiva.

10)    Então essa era a empolgação em relação aos pergaminhos do mar Morto: Se o evangelho do "Professor" validava a missão profética de Jesus Cristo, podia destruir o Judaísmo.  Ao mesmo tempo, o Cristianismo trinitário e todos os interesses relacionados estariam ameaçados, porque o Cristianismo trinitário é baseado mais nos ensinamentos de Paulo do que de Jesus.  Um evangelho que diferencia entre os dois e condena Paulo no processo, abalaria o cânone trinitário.  Israel, o Vaticano, a igreja anglicana e até mesmo o governo americano ficariam abalados em suas raízs, uma vez que o Cristianismo trinitário é a religião majoritária e uma força política dominante.  Isso nos faz pensar: Até que ponto esses grandes poderes mundiais iriam para ocultar as verdades que não os agradam? Somente a história, e uma avaliação honesta dos pergaminhos do mar Morto, pode responder essa pergunta.

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