Como sabemos que Deus é Único? Uma perspectiva filosófica e teológica (parte 3 de 3)

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Descrição: A existência de Deus e Sua Unicidade são conhecidos por meio de razão e revelação.  Parte 3 explica que a Unicidade de Deus e Sua natureza é conhecida por meio de revelação. 

  • Por Hamza Andreas Tzortzis
  • Publicado em 20 Jun 2016
  • Última modificação em 20 Jun 2016
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Revelação

HowDoWeKnowGodisOne3.jpgUma maneira mais simples de fornecer evidência para a unicidade de Deus é se referindo à revelação.  O argumento aqui é que se Deus Se anunciasse para a humanidade e se for possível provar que essa revelação veio Dele, então o que Ele menciona sobre Si mesmo obviamente é verdadeiro.  As suposições ousadas, de uma perspectiva agnóstica pelo menos, são como você sabe que Deus Se anunciou para a humanidade e qual é a forma dessa revelação?

Tomemos primeiro a última suposição.  Se Deus Se anunciou à humanidade existem apenas duas maneiras possíveis de descobrir: externamente e internamente.  O que quero dizer com "internamente" aqui é que você pode descobrir quem é Deus exclusivamente pela introspecção e internalização e o que quero dizer por "externamente" é que pode descobrir quem é Deus via comunicação fora de si mesmo. Em outras palavras, é instanciado no mundo independente da mente.  Descobrir sobre Deus internamente não é plausível pelas seguintes razões:

1.    Seres humanos são diferentes.  Têm o que os psicólogos chamam de "diferenças individuais". Essas diferenças individuais incluem DNA, experiências, contexto social, capacidades intelectual e emocional, diferenças de gênero, entre muitas mais.  Essas diferenças desempenham um papel em sua habilidade de internalizar via introspecção ou intuição e, portanto, os resultados de introspecção ou apoio na intuição serão diferentes.  Então, você pode ver que se esses processos fossem usados somente para descobrir sobre Deus, haveria diferenças inevitáveis em nossa concepção Dele.  Isso é verdadeiro sob um ponto de vista histórico, uma vez que desde o mundo antigo 6.000 AEC existem registros de aproximadamente 3.700 nomes e conceitos diferentes para Deus!

2.    Uma vez que o método usado para concluir que Deus existe é um método de "bom senso", ou o que os filósofos chamam de pensamento racional e os teólogos muçulmanos podem chamar de pensamento inato, tentar descobrir sobre Deus internamente levaria a falácias.  Isso porque o que pode ser concluído usando o universo como evidência para uma causa independente transcendental é que deve ser eterna, única, poderosa e pessoal. Qualquer outra coisa seria especulação.  O Alcorão menciona apropriadamente: "Por que falam de Deus o que não têm conhecimento?" Se você tentar e internalizar o que é Deus, seria equivalente a um rato tentando conceitualizar e pensar como um elefante.  É óbvio que o ser humano não é eterno, único e poderoso e, portanto, o ser humano não pode conceitualizar quem é Deus.  Deus teria que lhe dizer por meio de revelação externa.

Leve em consideração o exemplo a seguir: você sabe que Deus existe como a batida da porta. Você supõe com segurança que há algo lá, mas você sabe quem é? Se você não estava esperando ninguém, você grita: "quem é?" Para descobrir e a única maneira de descobrir é se a pessoa atrás da porta lhe diz.  Então você pode concluir que se Deus disse ou anunciou qualquer coisa, deve ser externa ao ser humano.

Sob uma perspectiva islâmica essa comunicação externa é o Alcorão, já que é o único texto que reivindica ter vindo de Deus e que se encaixa nos critérios para um texto divino[1]. Esses critérios incluem:

1.    Deve ser consistente com a conclusão racional e intuitiva sobre Deus.  Por exemplo, se um livro diz que Deus é um elefante com 40 braços você pode supor com segurança que esse livro não vem de Deus, já que Deus deve ser externo ao universo.

2.    Deve ser consistente interna e externamente.  Em outras palavras, se diz na página 20 que Deus é um e então na página 340 diz que Deus é 3, seria uma inconsistência interna.  Além disso, se o livro diz que o universo só tem 6.000 anos seria uma inconsistência externa, já que sabemos pela realidade que o universo tem mais de 6.000 anos.

3.    Deve haver indicações à transcendência.  Em termos simples, deve haver evidência para mostrar que é de Deus.

No caso do Alcorão - e esse artigo não é o local para discutir isso em profundidade - não pode ser explicado de maneira natural e, portanto, explicações sobrenaturais são as melhores.  Algumas dessas indicações incluem:

a.    A inimitabilidade linguística e literária

b.    Existem registros históricos que não podem ter sido de conhecimento do homem na época da revelação

b.    Existem algumas descrições de fenômenos naturais que não podem ter sido de conhecimento do homem na época da revelação

Para concluir, uma vez que a única forma de saber o que Deus anunciou para a humanidade é por meio de revelação externa e pode ser provado que o Alcorão é essa revelação - então o que ele diz sobre Deus é verdadeiro.  No contexto dessa discussão o Alcorão diz: "Sabei que o Senhor seu Deus é Único".

Conclusão

Esses são alguns dos argumentos que podem ser usados para mostrar que Deus é único. Entretanto, esse tópico - uma vez totalmente compreendido - terá alguns efeitos profundos sobre a consciência humana.  A unicidade de Deus não está relacionada apenas com o fato de que Ele é único, mas se refere a Sua adoração, senhorio, nomes e atributos, algo que só pode ser saboreado ponderando sobre a realidade, meditando sobre o significado do Alcorão e se tornando uma manifestação de sua mensagem.



Notas de rodapé:

[1] IslamReligion.com: O Alcorão é a única Palavra inalterada de Deus.  As revelações anteriores de Deus foram perdidas ou alteradas. 

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